Sou da geração que colecionava papel de carta. O melhor era trocar na hora do recreio. Tinham sempre aquelas mais cobiçadas. Enquanto os meninos ficavam tentando sucesso com figurinhas, selos ou mesmo bolinhas de gude..., nada pegou tanto quanto os papéis de carta das meninas.
Eu como a filha mais nova custei a começar a colecionar. Meu sonho eram as duas pastas da minha irmã mais velha. Eu me lembro de uns papéis de carta dela que pareciam folhas antigas que eram sobre bailarinas, que eram o meu sonho de consumo. Eu simplesmente era alucinada por eles.
Eu nem me lembro se os herdei. Há pouco fiquei sabendo que essa mesma irmã perdeu uma pasta de sua coleção completinha na escola. Fico só imaginando o sentimento de perda.
E por falar em perda... Triste foram as cartas não escritas nesses lindos papéis...
Virgínia Pellegrinelli
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