Um dos melhores livros que já li chama-se "Memórias Póstumas de Brás Cubas". O defunto-autor me conquistou quando tinha quinze anos. Apesar de conviver com colegas que não suportaram o humor sarcástico de Brás Cubas, eu, pelo contrário, achei o máximo sua ideia fixa...
No livro, Machado de Assis escreve sobre a ideia de criar o Emplasto Brás Cubas, que obviamente não dar certo. Seria um remédio contra a melancolia do mundo. Acabaria, por assim dizer, a alegria dos hipocondríacos, acabaria com as doenças do mundo. Uma ideia extraordinária que acabaria matando até seu criador, no caso, Brás Cubas.
Fico aqui pensando nesse Emplasto. Realmente viria a calhar. Acabaria com grande parte dos problemas. Só que, como bom seres humanos, sem doenças, todos iriam prestar atenção em outros problemas e se tornariam até mais doentes e melancólicos do que eram antes.
É, Brás Cubas, sua ideia acabaria atrapalhando ainda mais a humanidade. Somos tão complicados que se não houver com o que se preocupar, parece que a vida perde a razão.
Pensemos nisso...
Virgínia Pellegrinelli
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