Eu sempre gostei do filme “A noviça rebelde” e amo a música Edelweiss e a flor branca que nasce nos Alpes entre as pedras. Acho lindo a baronesa ganhar a flor típica de boas-vindas presenteada pela filha mais novinha da família Von-Trapp.
Aí que está, ser presenteada com uma flor, em especial uma flor colhida, significa muito mais uma poesia do que um presente em si. Na história da “Bela e a Fera”, tudo começa quando o pai vai fazer uma viagem e a filha lhe pede uma rosa. Esta é colhida na casa da Fera e então se dá o desenrolar da história.
Quando meu pai foi à Alemanha o único presente que quis foi uma Edelweiss. Ele como um bom pai perguntou sobre a flor e disseram que estava em extinção. Anos depois, numa nova viagem, dessa vez numa língua mais familiar, Itália, mesmo sem eu lembrar do pedido, lá foi ele atrás da minha flor.
Ele descobriu que Edelweiss é o mesmo que Stella Alpina e trouxe para mim uma flor ressecada, sementes da flor (que jamais sobreviveria aqui), um quadro com um exemplar e ainda uma camisa com as flores dos Alpes.
Há presente melhor que esse? Mais poético que a procura e a descoberta? O amor traduzido num gesto de extrema sintonia e compaixão.
Virgínia Pellegrinelli
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