Gostar de cinema é um dom que poucos têm. Quando criança só mesmo pela pipoca e pela escuridão. Esse era o meu olhar sobre aquele lugar que me deixava entre o sono e o entusiasmo de saber a história.
Lá fomos nós, minha avó e eu, bem pequenina nos meus 6 anos ou menos, assistir a um filme que sinceramente minha memória nem sabe qual é. Dizem que foi She-ra. Na época era a heroína que eu mais gostava, porque se parecia com a Barbie e porque era mulher. Fora isso, a preguiça pelos heróis era uma qualidade quase inerente à minha pessoa.
O filme começou e na verdade não me lembro de nada dele. Nem me lembrava o nome..., o que lembro até hoje foi que a cada cinco minutos tinha que chamar minha avó que dormia e chegou até a roncar na cadeira.
Era medo de ficar sozinha num lugar onde havia várias pessoas. Nesse dia em especial não queria pipoca e muito menos a escuridão, queria um abraço e ouvir minha vovó contando os casos de sua vida que são melhores que de muitas heroínas por aí.
Virgínia Pellegrinelli
Virgínia Pellegrinelli
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