Nossas melhores lembranças são de nossa infância. As minhas são recheadas de família, casa cheia e um São João del-Rey inesquecível.
Eu me lembro da família reunida numa ocasião qualquer, todos espalhados pela sala, com crianças deitadas no chão e o relógio sequer batendo como se até ele não quisesse dar um fim no momento.
Tenho a lembrança da minha mãe tocando órgão, ela tirava a música de ouvido. As pessoas em volta confundiam afinação com cantar alto. Risos. Leandro e Leonardo, Zezé de Camargo e Luciano, Chitãozinho e Chororó e algumas da Jovem Giarda... Repertórios que não poderiam faltar! Nunca, jamais, em tempo algum!
Certa vez um vizinho nosso perguntou se a gente estava dando festa e cantava junto com o vinil. Risos. De duas uma, ou cantávamos tão alto que não se escutava o órgão ou ele foi muito educado para reclamar que fazíamos muito barulho.
Engraçado como o tempo passa e com ele a saudade fica cada dia com um sabor mais doce. Ainda sonho com aquelas tardes de fim de semana em que cantávamos e por alguns momentos esquecíamos dos problemas da vida.
Virgínia Pellegrinelli
Virgínia Pellegrinelli
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