A minha infância foi repleta de amor, brincadeiras e muitas saudades. Porém, como nem tudo é brincadeira, fui durante 13 anos, ou menos, claro, a partir do momento em que eu comecei a atender telefone, secretária, ou uma das, do meu pai, que atendia como veterinário.
Minhas irmãs e eu nos revezávamos no atendimento telefônico. Em uma época que não tinha e-mail, era emocionante atender e chamar meu próprio pai de doutor. Como uma das secretárias eu tinha minhas exigências. Não gostava de atender campainha. Ao mesmo tempo que foi instalado interfone, nossa superiora, vulgo mamãe, nos fazia olhar na janela para ter certeza para quem abriríamos a porta.
Não me esqueço de um dia em que eu e minha irmã estávamos assistindo à televisão e eu fiz a logística do atendimento. Ela a acampainha e eu o telefone. Mas o aparelho não parava de tocar e minha irmã não foi uma vez na janela. Sendo assim, não me perguntem o que eu assistiria, só sei que foram esquilhões de Doutor que tive que falar.
Saudades desse meu primeiro emprego não remunerado mas sempre lembrado.
Virgínia Pellegrinelli
11/09/2017
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