Durante um tempo trabalhei como corretora free lance da escola em que estudei. Minha mãe me acompanhava uma vez que nós duas temos a mesma formação. A grande diferença entre nós era que eu era boazinha demais e cansava de dar notas altas; e ela detalhista demais sendo difícil atribuir uma nota..., seja como for, uma ajudava a outra num meio termo que definíamos.
Geralmente trabalhávamos à noite. Certa vez morri de medo ao saber que a minha tartaruga dava gritos. E pior, era alto e ficava tenebroso no silêncio da noite. Tirando os inconvenientes barulhos eu não sou noturna, mas gostava de corrigir ao lado da minha mãe. Logo, eu corrigia um certo número e tinha que levantar, comer, às vezes cochilar. No final dava tudo certo.
Muitas redações ficaram na lembrança por serem um sucesso total. Outras, um fiasco deplorável. Que bom que esse tempo de dar notas acabou e hoje leio apenas para distrair mesmo. Não quero ficar caçando erros e sim lendo nas entrelinhas.
Virgínia Pellegrinelli
20/05/2017
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