sábado, 29 de julho de 2017

Petiscos - Oração no Monte


Já ouvi muitas pessoas contando que foram ao Monte orar. Dizem que experiências incríveis acontecem por lá. Há louvores e grupos de oração. Pessoas que vão sozinhas e conversam com Deus. Há lugares que pastores ficam de plantão ministrando. Uma verdadeira benção ao ar livre.

Outro dia fui pela primeira vez com a célula. Tudo bem que não conhecíamos um lugar propício e perto. Sendo assim fomos para um monte praticamente deserto e em dois minutos decidimos ir para uma praça local, uma vez que se ora com os olhos fechados. Um lugar daquele jeito era perigoso para um grupo só de mulheres.

A experiência na praça foi impagável. Tínhamos feito 28 dias de oração e ali terminamos. Juntas ficamos quase duas horas orando. Momento ímpar e perfeito. Indescritível para encontrar palavras e expor a experiência.

Em breve voltaremos. Dessa próxima vez em um monte digno de ser. 

Virgínia Pellegrinelli 
29/07/2017

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Sobremesa - Fome de Poder


Ingredientes:

1 - Persistência;
2 - Visionário;
3 - Ética profissional;
4 - Lucro X qualidade.

Modo de Fazer:

Um vendedor de Illinois, Ray Croc, se surpreende com uma grande encomenda que recebe dos irmãos Richard e Maurice "Mac" McDonalds. Conhece assim uma lanchonete que funciona com rapidez e qualidade e assina um contrato de franquia com os irmãos. Tendo uma visão empreendedora e não muito ética, Croc constrói o grande império da comida "fast food".

Um filme muito bacana que contrasta a visão caseira e a missão empreendedora de um mesmo negócio. A diferença entre lucro e qualidade. Uma ideia genial que se transformou em fenômeno. É a história real dessa grande rede de alimentos que nos revela a persistência empresarial de uma pessoa que visa o crescimento e os lucros.

É um filme para se assistir e pensar nas diferentes visões. Eu terminei o filme ao mesmo tempo revoltada e admirada com um negócio que deu certo. Sem nenhum spoiler aconselho assistirem ao filme. 


segunda-feira, 24 de julho de 2017

Petiscos - Orvalho da manhã


Vocês já viram um amanhecer? Aqueles que esperamos o sol nascer, faça frio, sol ou até mesmo chuva. Melhor ainda é andar por entre árvores e plantas e presenciar o espetáculo do orvalho da manhã. Esse fenômeno que produz gotas nas temperaturas frias. 

Eu já vivi isso uma vez. Porém agora me pego perguntando se foi sonho, em algum acampamento ou mesmo na minha terra da infância. Seja qual for a realidade, estava eu de casacão e um sorriso enorme. Andar por entre esse milagre da natureza, um esplendor de paisagem, mesmo que em apenas revivendo uma lembrança, é um momento único e inesquecível. Parece até que renascemos dos nossos sonhos, renovando esperanças,

 Difícil e raro momentos assim. Mas sempre haverá manhãs, frios e orvalhos. Basta permitir-se viver!

Virgínia Pellegrinelli 
24/07/2017

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Petiscos - Andarilho



Hoje é o Dia do Amigo!!! E me vejo por aí como um bom andarilho. Este seria uma pessoas que não tem lar e vive andando pelas estradas e ruas de cidade em cidade. O lar, nesse caso, diria ser um pouso firme, um lugar para sempre voltar e chamar de "meu".

Temos por aí vários retirantes que saem de sua terra, por causa da seca, para tentar chegar a um lugar melhor. Um povo sofrido que resolve iniciar um marcha em busca de um novo clima, lar e serviço. O caminho é longo e cheio de privasões. Famílias inteiras trilham os descaminhos desse mundão de Deus.

Por outro lado tenho um exemplo de poesia! Sinhá Olímpia foi notória habitante de Ouro Preto que perambulava pela cidade contando histórias em troca de dinheiro. Segundo contam ela era de família rica tendo se apaixonado por um farmacêutico pobre. Um amor proibido que levou o homem a morrer de tristeza e a ela enlouquecer por entre as ladeiras.

Não é de hoje, por assim dizer, que as pessoas andam por aí. Um certo povo saiu do Egito e ficou quarenta anos andando pelo deserto. Apenas dois chegaram à Terra Prometida, Calebe e Josué. Porém isso é assunto para outras refeições...

Por fim, aqui estou. Andarilha por causa própria. Guiada por Deus como uma israelita; contando histórias como Sinhá Olímpia e tendo esperanças assim como os retirantes por aí. Tendo um amigo aqui, outro ali; mas jamais se sentindo só!

Virgínia Pellegrinelli 
20/07/2017

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Sobremesa - O último Imperador


Ingredientes:

1 - Cidade Proibida;
2 - China Impreial X Comunismo;
3 - Tribunal de crimes de guerra;
4 - Prisão.

Modo de fazer:

Aisin-Gioro Puyi foi o último imperador da China e recorda a sua infância na Cidade Proibida. Ainda menino, assume o poder e jamais conheceu o exterior de seu lar. Com a vitória comunista, Puyi é preso por crime de guerra. Em 1959 começa uma vida comum em Pequim como jardineiro no jardim botânico da cidade. Casou-se com duas imperatrizes e três concubinas, não deixando nenhum descendente. Segundo informações biográficas, faleceu em 1967, com câncer renal.

O filme é muito bonito e um clássico bastante assistido. Nele podemos ver como o Imperador, ainda menino, assumiu o reino e viveu uma fantasia sua vida toda. Quando finalmente sai dos muros da Cidade Proibida enfrenta o desânimo e a revolta popular. Precisa, de uma hora para outra, começar a viver como um ser humano normal. Ele que tinha tantas regalias sofre com simples detalhes do cotidiano...

Um final muito lindo em que aquilo que no início foi sua vida é visto como uma prisão de luxo. Um imperador que tinha tudo e saiu com nada em uma prisão real.


domingo, 16 de julho de 2017

Adejar (de um novo começo)


O que é adejar?

Segundo o Dicionário Aurélio:
1 Bater as asas; esvoaçar.2 Mover.

Ingredientes: 

1- Um contador de histórias (leia-se, autor) 
2- Um cenário (incluindo tempo e espaço)
3- Um enredo (afinal precisa-se sair de um lugar e chegar a outro) 
4- Um personagem principal (pode ser mais de um) 
5- Personagens secundários (pode até haver alguns malas ou vilões) 

Modo de fazer: 

Após ter o livro em mãos, observar o título e o autor. Ler a contra-capa e a orelha do 
livro para ter certeza de que o "prato" é bom. 
Abrir a primeira página e ir tranquilamente lendo até o final. Não se esqueça de 
observar bem quem são os personagens principais e torcer por eles, afinal o "final feliz" 
provavelmente será deles. 
Se for aceito o livro como uma bela viagem - guarde bem o nome do contador e tente 
experimentar novamente - geralmente ele acerta sempre. 
... E assim começamos a adejar...

Com Petiscos, Sobremesas, Pratos, Cafés e Brunchs por aí...


16/07/2017

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Petiscos - Plantar feijão


Acredito que toda criança já tenha plantado um feijão num algodão nas aulas de ciências. Eu devo ter plantado umas quatro vezes e na maioria delas não passava dos primeiros estágios. Seja lá por muita água ou por menos. Seja lá o que for, era magnífico comparar os copinhos com os colegas, e ver que o meu não era dos piores.

Agora após anos vem meu sobrinho e precisa plantar um girassol. Não entendo o que houve com os pobres feijões, porque a modernidade está muito complexa. A flor requer vários cuidados e tudo sobra para as mães administrarem a sobrevivência dela. Além de regar precisa saber de claridade, sol..., não me lembro de pensar nisso. Quer dizer, será que esse seria o segredo perdido que eu não entendi no feijão?!

Seja muita água ou pouca, a medida certa faz com que um feijão ou um girassol nasçam, cresçam e se eternizem na nossa memória.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Petiscos - Do por que não gostar de video-game



Degustando essas diversas receitas adejantes, eu me toquei: por que não falar de vídeo game? Há quem passe horas e horas jogando. Pessoas se conhecem online e acabam fazendo grupo de jogos. Sem contar os assuntos, que para mim são gregos, dos viciados nos games. Tenho que confessar, até meus sobrinhos possuem uns papos que só mesmo o Google para me ajudar a entender.

No meu caso de aversão a esse Adejar, que é válido para quem gosta, tem tempo e paciência; vem da infância. Eu me lembro que tínhamos uma daquelas primeiras versões que nem nome direito eu sabia falar. A regra era, colocar cartucho, a filha mais velha testava o joguinho (na frente da tela); a segunda continuava (ao lado da primeira) e a última (no caso, eu!) tentava enxergar a telinha um pouco longe do foco normal e tentava achar o máximo para não perder a chance de estar com as irmãs.

Eu me lembro de um soldadinho que tinha que correr para pegar o bandido, ou eu era o bandido?! sei lá qual personagem, eu me lembro que amava pegar um elevador. Tinha o famoso PacMan de hoje, que na época chamávamos de "come come". E ainda tinha o meu favorito, único que eu era muito boa, um boliche, que eu perdi para para um tio na frente da família toda. Um desastre que me ajudou a gostar de pessoas e não de máquinas.

Nada contra quem jogue, muito pelo contrário, vocês são quase gênios... Mas esse Adejar eu deixo para outros blogs, canais e, é claro, para clubes de amigos que insistem em continuar jogando, mesmo numa mesa de bar.

Virgínia Pellegrinelli 
12/07/2017

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Sobremesa - Gladiador


Ingredientes:

1- Roma;
2- Coliseu;
3- Golpe;
4- Gladiador.

Modo de fazer:

Máximos é um general honrado e escolhido como sucessor de Marcus Aurelius, Rei e Imperador de Roma. Porém o filho deste, Commodus, dá um golpe e assume um governo ditador, com a volta de jogos no Coliseu. Máximos é escravizado e se torna um gladiador muito carismático e respeitado por seus colegas e pelo público em geral.

Custei para assistir a esse filme tão comentado mas digo que vale a pena. Para quem já visitou pessoalmente o Coliseu, em Roma, sabe como é indescritível a sensação de colocar os pés ali. O filme retrata algumas lutas e a diversão cega da época. Como os gladiadores eram eleitos favoritos e a construção de uma história de torcida que culminava em morte ou vitória.

Também fala sobre liderança. Máximos é um general que não só manda, mas lidera e combate junto a seus guerreiros. Ele continua seu trabalho na arena do Coliseu lutando por sua vida em conjunto com outros gladiadores. Todos se defendendo, ajudando mutuamente e atacando juntos.

Obviamente como pano de fundo temos um romance indescritível e inexplicável!

Muito bom! Valeu a pena esperar tanto tempo e fazer essa resenha para compartilhar com vocês.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Petiscos - O receptor infiel!



Um termo jurídico bastante conhecido é o "depositário infiel". Ele se recusa a devolver a coisa que lhe foi confiada em depósito. Neste caso, ele fica responsável pela guarda de um bem que não lhe pertence e deixou que este bem desaparecesse ou tenha sido roubado.

Metaforicamente podemos criar o termo "receptor infiel". Seria aquele que recebe, e deveria esquecer, ou seja, guardar um segredo de outrem sem pedir nada em troca. Principalmente na adolescência a necessidade de confidenciar é quase vital. Alguns, como eu, caíram no erro de confiar em muitos, aí é pedir para quebrar os laços de confiança o mais rápido possível. No entanto, temos os ditos "melhores amigos" que sabem de todas as suas paqueras, por exemplo.

Abrimos um parênteses então! Depositário deveria guardar e devolver o bem. Enquanto o receptor simplesmente recebe e nada deve em troca. Infelizmente um erro gritante! Pois seres humanos são extremamente depositários. Se entrega quer pelo menos o sigilo de volta. Não há, ou melhor, não vamos generalizar, são raros aqueles que cumprem o voto de silêncio.

A infidelidade em certos casos podem ser fatais. Adolescer é duro, penoso, repleto de questionamentos. Fica aqui a pergunta: para que querer um recebedor de informações alheias se até certo momento na história brasileira o depositário infiel poderia ser preso?!

Virgínia Pellegrinelli 
05/06/2017

domingo, 2 de julho de 2017

Petiscos - Bolinhas sim, mergulho não!

Que eu tenho medo de água isso todos sabem, não é novidade nenhuma. Porém há coisas inexplicáveis e momentos inesquecíveis de tempos atrás, que envolvem uma piscina. Calma, não enlouqueci, era piscina de bolinha, que na época só tinha no shopping da capital era meu objetivo de brincar nas férias.

Como uma boa criança medrosa que eu era, tinha umas regras embutidas na minha cabeça. Eu não podia pular nas bolinhas e muito menos mergulhar, sabe-se lá o porquê, até hoje não tenho resposta. No entanto, meu momento comigo mesma tinha um receio interessante que eu nunca revelei a ninguém: meu medo de perder a meia! Eu ficava imaginando ter que chamar um adulto para mergulhar e encontrar meias. Imagina a cena?

Por fim a gente cresce, e a paixonite pela piscininha continua. Eu me lembro que no primeiro aniversário do meu sobrinho eu entrei com ele no brinquedo e fiquei quase meia hora segurando-o no colo. Claro, tomando cuidado para o pequeno não afundar.

Alguns medos e sonhos de infância não mudam, mas quando a lembrança vem à mente é impossível não reviver a emoção de algumas férias antigas.

Virgínia Pellegrinelli 
02/06/2017