- Que engraçado, ele se chama Babaloo?
-Não, Baloo!
Esse era o primeiro diálogo que sempre existia quando alguém conhecia um certo pinscher. Meu cachorrinho, tadinho, que amava correr atrás de seu rabo e conseguia latir e fazer mais bagunça que o boxe no canil ao lado. Eu gostava do bichinho mas tinha medo das mordidinhas dele, e o calcanhar da minha mãe era seu alvo predileto.
Certa vez entendi o porquê do nome escolhido pelo meu pai. Baloo era o urso amigo do Mogli no filme. Assisti ao desenho várias vezes para entender a amizade dos personagens. O urso amava tanto o menino que pediu para ele ficar na floresta. O adeus foi inevitável.
Com o cão de verdade houve também uma separação. Minha mãe, cansada dos calcanhares arranhados e mordidos, disse:
-Ou ele ou eu!
Foram 4 a 1, adivinhem para quem? Independente disso. O adeus também foi inevitável.
Virgínia Pellegrinelli
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