Ingredientes:
1- Imprensa e vizinhos;
2- Hospital e flash backs;
3- Verdades e mentiras;
4- Justiça
Modo de fazer
O livro começa com Margarida Souto estirada no meio da chuva após cair da janela do apartamento em que morava. Os vizinhos não sabiam de nada e a imprensa logo se desinteressou. Ela foi levada ao hospital onde ficou em coma até ter sua identidade descoberta. A única pessoa que a visitava era o marido, Gustavo Fernandes. A moça abriu os olhos e conseguia se comunicar; o médico, a enfermeira, um jornalista e sua secretária montaram um quebra-cabeça apenas com sim e não traduzidos por piscares de olhos.
O livro tem vários gatilhos e é contado com flash backs da protagonista. No tempo cronológico vai se desenhando um horrendo caso de abuso doméstico entre outras barbaridades. Um voo para a liberdade e um escândalo na mídia. A justiça no Brasil é retratada nua e crua, mas o livro flui de forma única e a desenvoltura da Luisa Aranha para temas sérios sempre foi excepcional.
Estava para ler esse livro há anos e não tinha começado exatamente por causa do tema. Mas é preciso ler e saber que é uma realidade em que a sociedade fecha seus olhos. Achei bastante pertinente, coerente e ao mesmo tempo delicado para um assunto como esse. Nota 1000!
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