Petiscos - Efeito bola de neve

A bola de neve, à medida que desce e vai rolando, aumenta cada vez mais. Há muitas metáforas que podemos fazer com ela. Por exemplo, uma pequena discussão a respeito do horário quando a família vai sair para um compromisso. Começa com os tempos de banhos, arrumação, imprevistos como telefonemas indesejáveis, enfim, pode haver uma catástrofe familiar por causa de um atraso de alguns minutos.

Como desfazer essa bola?! Bem, a neve derrete com o sol. Continuando a metáfora, onde estaria um sol apaziguador nos probleminhas que se tornam grandões? Aí está o grande mistério da humanidade. As pessoas precisam conviver em harmonia e comunhão e apenas sabendo comunicar-se é que crescemos. Convivendo com as diferenças e "aquecendo" o ambiente, o efeito avassalador de uma bola de neve pode se quebrar antes mesmo da bolinha se formar.

Teoria muito bonita, mas também muito difícil de se praticar.

Virginia Pellegrinelli 

28/06/2017

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Petiscos - Histórias de ônibus

Quem nunca andou de ônibus? Eu me lembro que o primeiro ônibus que peguei na vida foi o do Jardim da Infância. Não me esqueço de irmos gritando fazendo campanha para um pai de uma colega nossa que disputaria a vaga de prefeito da cidade. Ainda na época de colégio, um pouco mais tarde, comecei a pegar ônibus sem ser fretado pela escola, e aí eu comecei a desconfiar que dois corpos podem sim ocupar o mesmo lugar no espaço.

Já na capital conheci o "mil em um". Impressionante como nos horários escolares caberiam tantas pessoas, mochilas e, por que não, as famosas músicas altas que insistiam em colocar o funk insuportável?! Podem haver lembranças de stress, mas ficaram marcadas as carinhas de sempre, amizades feitas por uma viagem, diálogos sem propósito e um respeito mútuo de cumprimentos educados a pessoas de sempre que nem sequer sabíamos o nome.

Que pena que a violência e a falta de segurança dos próprios veículos não incentivam mais esse momento coletivo. Táxis e demais alternativas individuais substituem esses singulares momentos. Vou relembrar alguns momentos dessa época inesquecível e em breve os relato em mais petiscos por aí.

Virgínia Pellegrinelli 

17/07/2017

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Sobremesa - The way back

Ingredientes:

1- Alemanha Nazista e União Soviética;

2- Presos políticos;

3- 6400 Km;

4- Liderança.

Modo de fazer:

No ano de 1940, a Alemanha Nazista e a União Soviética invadem e disputam a Polônia. Nos moldes da ditadura de Staling, civis são presos por motivos aleatórios. Neste contexto, Janusz é preso por espionagem após ser entregue pela própria esposa, que sofreu várias torturas. Retrata, assim, as famosas prisões siberianas e a fuga de um grupo de prisioneiros. Janusz e alguns companheiros andam 6400 km da Sibéria, ao Norte da Rússia, até  os limites da Índia.

O filme mostra os verdadeiros perigos que a natureza causa ao homem. É interessante ver a liderança de Janusz, que ao mesmo tempo que guia é guiado pelos companheiros. Eles vão até o seus limites se conhecendo e conhecendo uns aos outros. Uma longa jornada desafiando  o próprio humano.

Muito bom o filme! Muito bem feito! 

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Petiscos - É tão bom saber ler!

Aos seis anos terminei meu primeiro livro. "O Sonho de Talita". Uma frase ficou para sempre em minha memória, afinal o livro termina assim: "É tão bom saber ler!" Não me esqueço da emoção dos meus pais quando terminei a leitura. Era feita no Jardim de Infância e, vai por mim, um grande desafio!

Hoje uma das minhas grandes paixões é ler, meu hobby favorito, Ainda me lembro de ler com a "tia" na salinha da escola e dos meus pais treinando comigo. Vejo ainda, na lembrança eternizada, figuras e historinhas inteiras que naquela época eram uma vitória descifrar as palavras.

Ainda tenho uma pequena angústia de não ter sido a primeira da turma a terminar, porém eu concretizei o livro. A primeira vitória pessoal. E quem diria que um livro de alfabetização abriria a porta mágica da literatura e suas histórias infindáveis.

Obrigada, turma da Talita!!!

Virgínia Pellegrinelli

12/06/2017

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Petiscos - Loja Virtual

Esses dias andei assistindo a série Girlboss do NETFLIX. Sophia é uma moça jovem, filha de pais separados, a mãe os abandonou quando ela era menina e o pai, muito rico, não lhe dá valor. Morando sozinha e precisando de dinheiro para pagar as despesas começa a vender no eBay roupas antigas, reformadas.

A história é muito legal e baseada em um livro que vou correr atrás para ler. Fiquei pensando em histórias de superação. Quantas Sophias andam por aí tentando ganhar a vida vendendo produtos pela internet? Financeiramente ninguém está muito bem, no entanto, podemos encontrar vantagens nas trocas cibernéticas...

E vamos modernizando o mercado. Encontramos saídas para tudo. Afinal, a lei da oferta e da procura nos faz sermos criativos e, por que não, melhores do que um dia já fomos.

Virgínia Pellegrinelli 

08/06/2017

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Sonata em Punk Rock - Babi Dewet

Ingredientes:

1- Cidade da Música;

2- Banda Dexter;

3- Aulas de piano;

4- Pais famosos.

Modo de fazer:

Valentina (Tim) foi aceita no "Conservatório Margareth Vilela" que fica na Cidade da Música. Roqueira como ela só, realiza seu sonho com o financiamento do pai ausente, famoso astro da música. Iniciando as aulas, Tim precisa escolher um instrumento clássico e encara o piano pela primeira vez na vida. Consegue aulas particulares com Kim, o filho metido da diretora do conservatório e melhor pianista que já viu. Ao mesmo tempo, com seus amigos, Sarah, Pedro e Fernando formam a banda Dexter que desafia a todos com rock e instrumentos clássicos.

Além de muita música o livro é leve e gostoso de se ler. Apesar de querermos sempre um pouco mais, o relacionamento de Tim com o piano e com o Kim se constroem de forma natural e apaixonante. Gostei muito do livro. Ficou com gostinho de "quero mais".

Conheci a Babi Dewet pelo livro "Uma Ano Inesquecível" e gostei muito da escrita envolvente dela. Apesar dela ter problemas com finais, deixando todos sem fôlego, pelo menos ficou claro que a Cidade da Música é uma série, então teremos cenas do próximo capítulo. 

Se você gosta de música, romance e desafios, esse livro é a medida certa!

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Petiscos - Um homem completo?

Os conhecedores da boa literatura sabem que para um homem ser completo e realizado ele deve plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Nesse caso, obviamente o capitalismo foi deixado de lado. Enquanto todos procuram um emprego estável, segundo os intelectuais, não é isso que realiza uma pessoa.

Plantar uma árvore, o que isso significa?! Se já leu "Meu pé de laranja lima" sabe que uma árvore pode ser sua amiga e companheira. Uma vez plantada, a árvore tem vida própria. Ela cresce e produz frutos..., infelizmente morre, muitas vezes ou sempre pela ação do homem. Ir contra a maré de destruição leva a poetização daquilo que seria e é essencial à vida.

Ter filhos! Bom, nem todos têm a habilidade e o desejo de ser pai ou mãe, mas o amor incondicional da paternidade faz mágica. Criar uma pessoa e ver os frutos é uma realização natural do ser humano. Algumas pessoas por diversos motivos não podem ter filhos, mas há tantas alternativas que as desculpas acabam por si só.

Escrever um livro alguns diriam que é um dom para poucos letrados. Mas metaforicamente nossa vida já é uma livro. Você pode ser o narrador em primeira pessoa que segue o caminha que desejar, ou mesmo ser um personagem na mão de outro que queira te levar onde for. Esse é seu livre arbítrio. Decida-se!

Pois bem, isso completa o homem? Fica a pergunta no ar. É hora de rever o que é prioridade na nossa humildade caminhada.

Virgínia Pellegrinelli 

03/06/2017

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