sexta-feira, 30 de março de 2018

Petiscos - Dos escaninhos...


Algumas coisas na vida são um achado fora de série. Quando eu estudava na sexta série a maior invenção da escola, que muito nos agradou, foram os escaninhos. Nós deixávamos na própria sala o material e apenas levávamos para casa aqueles que tinham os temíveis “para casa”. Além de não ter perigo de esquecermos os livros e cadernos, carregávamos muito menos peso.

Mas eu me lembro muito bem que na véspera de encontrarmos os armários prontos para nós, minha mãe os encontrou no trânsito. Eles estavam em um caminhão bem na nossa frente e a gente ainda reclamou que poderiam cair em nossas cabeças. Assim que minha irmã e eu percebemos o que era, quase fizemos minha mãe parar ou tomar outro caminho. Não por medo de um acidente com a gente mas para o bem estar daqueles que nos auxiliariam o resto de nosso ano.

Triste é pensar que só tive por um ano essa “mordomia” porque nós mudamos de cidade. Enfim, ficou a lembrança de um ano que não tivemos que lutar com pesos, ônibus e correria...

Virgínia Pellegrinelli 
30/03/2018

sábado, 24 de março de 2018

Sobremesa - Cinco centímetros por segundo


Ingredientes:

1- Japão;
2- Distância;
3- Cerejeira;
4- Desencontros.

Modo de fazer:

Um longa dividido em três partes: Cherry Blossom, Cosmonauta e Cinco centímetros por segundo. É um filme que deve se ver e sentir, após o final eu fiquei um bom tempo meditando a respeito do tema. É uma história que foge do convencional e se aproxima muito mais da realidade.

Na primeira parte dois colegas de turma se aproximam de uma maneira extraordinária sendo confundidos como dois pequenos apaixonados. Uma forte amizade que é atrapalhada quando a menina se muda e eles continuam a se escrever apenas por carta. A distância aumenta cada vez mais e eles acreditam que nunca mais poderão se ver. 

Na segunda história é a adolescência.  Uma nova colega se apaixona pelo rapaz mas ela não consegue expor seus sentimentos. O outro se mostra distante e sempre querendo enxergar além dela. Algumas mensagens por e-mails, nunca enviadas, mostram que nele há realmente um grande mistério que pode ter a ver com o seu passado.

Por fim, a vida adulta.  Onde mostra que cada um seguiu realmente a sua vida. Ele pensa em trabalho e ela em casamento. Ambos se desencontram mesmo num cruzamento de trens. Afinal, a vida se segue...

É uma história bonita, triste e que nos faz refletir sobre quantos desencontros já tivemos na vida. Fica aqui também a imagem que as flores de cerejeira levam cinco minutos por segundo para cair. Elas também podem ser substituídas por flocos de neve..., assim como descolorimos alguns momentos de nossas vidas. 

quarta-feira, 21 de março de 2018

Um papagaio para falar por mim!


De volta à ativa! Muitas pessoas gostam de falar, falar e falar! Um papagaio nem faz cosquinha perto de alguns tagarelas pela vida afora. Após chegar de umas férias mágicas fiquei me perguntando por que não ter um papagaio para falar por mim.

Fico feliz nos silêncios do meu quarto, nas leituras nos horários de almoço, no assistir às séries do Netflix, no ouvir a rádio no carro. Acredito que sou uma acumuladora de causos. Prefiro o sentir a fazer. Em certas ocasiões as pessoas me chamam atenção porque falo de menos, tenho até vontade de responder que é porque ouço demais!

Estou feliz como sou. Uma pitada de simpatia e a delicadeza de pensar antes de fazer. E se por acaso encontrar um papagaio por aí, faremos uma bela dupla!

Virgínia Pellegrinelli 
21/03/2018