Eu nunca fui de ter uma turma para sair. Lembro-me de pequena ter minhas duas melhores amigas e visitar cada uma em sua respectiva casa. Não éramos um trio e sim eu era a melhor amiga de uma e de outra. Talvez a pequena cidade fazia com que a amizade individual me completasse. Aliás, nos completasse. Não me arrependo de nada.
Quando cheguei à cidade grande foi difícil me enturmar. Claro, uma amiga exclusiva de cada vez em uma capital era demais! Então, entre feridas, choros e desculpas aprendi a conviver com grupos. Pequenos, jamais fui popular, mas tinham geralmente umas quatro pessoas. Então, era o grupo da escola, o grupo do prédio e o grupo do inglês. Todos se desfizeram com o passar do ano. Até o do prédio, apesar de ter ficado o carinho e a amizade individual com cada.
Foi então que chegou a célula! Aí sim um grupo coeso. Claro que tem aquelas que nos identificamos mais, porém semanalmente nos encontramos e cultivamos uma calorosa amizade mútua. Eu já participei de quatro células, de todas a primeira foi a mais unida! Porém, em todas a amizade ficou.
Saudades desses encontros. No momento em que estamos, podemos fazer apenas encontros virtuais por vídeo conferência. Mas ali eu me lembro que tem pessoas especiais fora da família que me fazem sentir feliz. Como aquelas amizades da infância...
Virgínia Pellegrinelli
05/01/2021
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