Fiquei sabendo hoje cedo que era o "dia do abraço". Isso é um gesto tão reconfortante que deveria ser proibido as pessoas se recusarem a cumprimentar o outro com abraço. Por exemplo, na igreja, nada paga os abraços fortes e carinhosos das pessoas que convivem comigo. Acredito ser um presente de Deus!
Hoje lembrei de um fato muito curioso. Estava eu na quarta série, se não me engano, exatamente na pré-adolescência, em uma cidade do interior, que só quem viveu sabe o que é. Fiquei sabendo na escola que um grupo de meninos estavam organizando uma "brincadeira de mau gosto": eles iriam empurrar as meninas. Não sei para qual finalidade seria, se para machucar ou mostrar a superioridade masculina, sei lá! Fique sabendo pela outra metade de meninos da sala que queriam ser os "heróis" e empurrar os caras antes de eles "atacarem" as mocinhas.
Acabou que no final da história a mulherada, histérica desde aquela época, apenas ficou com medo e se distanciou dos "vilões". Nada aconteceu. Talvez era boato, ou realmente foi pensado, ou não aconteceu porque tinham medo da suspensão. Só sei que não houve!
Mas o melhor de tudo é que em nossas constantes lembranças, coisas desse feitio vem apenas pontualmente para nos mostrar que nem tudo é perfeito.
Eu apenas me lembro, daquela época, dos abraços, dos risos, das brincadeiras e das amizades. Ah, quem me dera hoje estar naquela São João del-Rei e retribuir abraços..., esses inesquecíveis em nossa memória e eternos no amor e carinho daquela adolescente que insiste em ainda existir no dia de hoje. Esta sou eu.
Virgínia Pellegrinelli
22/05/2019